Helmintos
Os
parasitos que vivem em diversas áreas do corpo humano se beneficiam do
hospedeiro para conseguir seus nutrientes para sobreviver. É interessante
relatar, que a causa de infecção por helmintos, ocorre pela transmissão
fecal-oral, apresentando sintomas como dores abdominais, desnutrição, diarreia
e dentre outros, tendo o público alvo crianças, que vivem em condições
desfavoráveis tanto financeiramente, como na falta de saneamento básico (SILVA;
ROCHA, 2019).
Helmintos,
são vermes metazoários (pluricelulares) que faz parte dos filos do reino
animal, sendo os Platyhelminthes (vermes chatos, de forma de folha ou fita sem
tubo digestivo), Nematyhelminthes (vermes cilíndricos e com seu tubo digestivo
completo) e os Annelida (não são parasitas). Os indivíduos que hospedam a
variabilidades de helmintos possibilitam que cresçam e introduzam em locais
anatômicos como o intestino (MUÑOZ; FERNANDES, S/D).
A
esquistossomose é conhecida como doença do caramujo (ciclo do gênero Biomphalaria)
ou barriga d'água, causada por Schistosoma mansoni, em que pertencente à classe dos Trematoda,
família Schistossomatidae e gênero Schistosoma, sendo o ser
humano o hospedeiro permanente (o verme tem forma adulta e de reprodução
sexuada) e ainda tem o intermediário (depende do hospedeiro e faz parte da família
a Planorbidae, gênero Biomphalaria e a reprodução é assexuada). Os
sintomas da doença podem se manifestar ou não, na forma grave pode haver morte.
Essa
doença ocorre em países com economia baixa e essa infecção parasitaria é
considerada a segunda mais grave perdendo somente para a malária (ROCHA, et
al., 2016). Acontecendo a transmissão da
doença por falta de saneamento básico, em que a água suja por larvas cercárias entra
em contato com as pessoas e após esse contato inicia a migração para a
circulação sanguínea e linfática, depois atingindo o coração e pulmão. A
esquistossomose tem sua manifestação variada, devido as demais doenças
parasitarias. Os sintomas são astenia, cefaleia, anorexia, mal-estar e náusea,
sendo o período de incubação da doença em média de dois meses após a infecção.
O
diagnostico pode ser por exames de fezes, biopsia retal, pesquisa de antígenos
circulantes e reação de polimerase em cadeia (PCR), ultrassonografia e os
testes imunológicos de reação intradérmica ou sorológica e dentre outras.
O
tratamento pode ser através de medicamentos adequados para cada espécies de
vermes, também por saneamento básico e educação em saúde. Desta forma será
eficaz o controle da maioria das helmintíases intestinais (KOGIEN; TEIXEIRA,
2011).
No período de 2015 a 2019, foram realizados exames para esquistossomose no estado do Ceará e confirmaram que a doença acometia mais o ser humano do sexo masculino, com idades entre 26 a 45 anos de idade. O município de Baturité, mostrou positivo para Schistosoma mansoni. No boletim do município de Aracoiaba, o programa de controle da esquistossomose relatou que entre os meses de agosto e setembro do ano 2020, não obteve casos da doença em questão, mas sim um caso do parasito da Tênia no bairro São José.
Obs: Imagem fornecida pelo departamento de endemias do Município de Aracoiaba.
REFERÊNCIAS
Boletim Epidemiológico Esquistossomose. Janeiro 2020 Disponível <https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2018/06/boletim_esquistossomose_.14_janeiro_2020.pdf>. Acesso em: 01 out. 2020
ESQUISTOSSOMOSE. Disponível <https://sosestudanteassessoria.blogspot.com/2020/02/esquistossomose.html>. Acesso em: 30 set. 2020
KOGIEN,
M.; TEIXEIRA, C. A. Mebendazol no tratamento de helmintíases intestinais –
revisão de literatura e considerações de Enfermagem. Enfermería Global Nº 24
Octubre 2011
MINISTÉRIO
DA SAÚDE. Esquistossomose Mansônica. Guia de Vigilância Epidemiológica |
Caderno 10. CID 10: B65 Disponível
<http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2018/03/GUIA-DE-VIGIL%C3%82NCIA-EPIDEMIOL%C3%93GICA-ESQUISTOSSOMOSE-MANS%C3%94NICA.pdf>.
Acesso em: 30 set. 2020
MORASSUTTI, A. L.; TEIXEIRA, C. G.; BENINCASA, C.
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<http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5745/parasitoses.htm>.
Acesso em: 29 set. 2020
MUÑOZ, S. S.; FERNANDES, A. P. M. Principais
Doenças Causadas por Helmintos. Licenciatura em Ciências. USP/Univesp Módulo 5.
Disponível
<https://midia.atp.usp.br/plc/plc0501/impressos/plc0501_07.pdf>. Acesso
em: 29 set. 2020
Pesquisadores descobrem tratamento da
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<https://marcioantoniassi.wordpress.com/2015/11/01/pesquisadores-descobrem-tratamento-da-esquistossomose-ate-8-vezes-mais-eficaz/>.
Acesso em: 30 set. 2020
ROCHA, T. J. M., et al. Aspectos epidemiológicos e
distribuição dos casos de infecção pelo Schistosoma mansoni em municípios do
Estado de Alagoas, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude 2016; 7(2):27-32 doi:
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Acesso em: 30 set. 2020
SILVA, J. D. R.; ROCHA, T. J. M. Frequência de
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THOMAZ, L. P.; STEFANELLO, T. B. Levantamento das Espécies Parasitárias que Causam Infecções em Crianças. Revista UNINGÁ v. 32 n. 1 (2012)
Olá,
ResponderExcluirÓtima postagem colega, nos permite compreender o que são helmintos, enfatizando a esquistossomose uma doença que pode afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Entender sua manifestação e como ocorre o diagnóstico é fundamental. Ressaltando a importância de saneamento básico adequado e educação em saúde.
Olá Andreza, muito obrigado pelo comentário.
ExcluirOlá Boa tarde,
ResponderExcluirMuito esclarecedora Selma, sua postagem, nos traz informações importantes sobre uma doença no qual pode levar o indivíduo a morte, o contexto de sua publicação nos faz refletir sobre a importância do saneamento básico, e do trabalho educativo alertando a população dos cuidados necessários para se prevenir das infecções parasitárias.