quarta-feira, 16 de setembro de 2020

DESAFIOS NA ESCOLA

 

DESAFIOS NA ESCOLA

O ensino está presenciando um momento inusitado por conta da doença chamada de COVID-19, causada pelo Sars-CoV-2 (coronavírus) e por conta disso houve interferência nas aulas presenciais, gerando um ensino diversificado com mudança escolar e familiar (MÉDICI; TATTO; LEÃO, 2020).

Arruda (2020, p. 7) aborda em suas palavras que:

A escola é um dos espaços sociais em que há maiores trocas e mobilidades de sujeitos de diferentes faixas etárias, portanto, representa espaço de maior probabilidade de contaminação em massa – o que indica ser um dos últimos espaços a ser reaberto em países que controlaram minimamente a taxa de contaminação do novo coronavírus (ARRUDA, 2020, p. 7).

 

É importante relatar o que Passini, Carvalho e Almeida (2020, p. 8) dizem que "a rede de educação está com suas atividades escolares presenciais suspensas, atingindo milhões de estudantes em todo o país. Contudo, a educação não deve parar, daí a necessidade de adaptação e superação por parte dos professores e dos alunos".

 

O   impacto causado   pela pandemia   do   novo   coronavírus   vem   impondo   drásticas modificações na rotina da população mundial.  Diversas áreas foram atingidas por essas mudanças, entre elas, a educação.  Logo após a OMS declarar pandemia de coronavírus, o Ministério da Educação passou a definir critérios para a prevenção ao contágio da COVID-19 nas escolas.  Desse modo, o desafio fundamental da educação brasileira tem sido se readequar ao cenário para que os estudantes não sejam prejudicados com a pandemia PEREIRA, et al; 2020, p.3).

 

A educação sofreu um baque drástico com a pandemia do Covid - 19, promovendo a evacuação das escolas e adaptação das aulas letivas por meio remoto, tornando um período de readaptação para os alunos e professores (PEREIRA, et al., 2020). Desta forma o ensino tomou um rumo virtual para os estudos não parar, no caso foi disponibilizado aplicativos como whatsapp, google forms (ferramenta utilizada para avaliação dos alunos), google sala de aula e google meet, assim conseguindo amenizar os impactos que geraram mediante a falta das aulas presenciais (SOARES; COLARES, 2020). 

 

Como as pandemias demoram para acabar, a sociedade precisou se reorganizar em todos os seus aspectos, inclusive em relação ao sistema educacional, que precisa adotar um novo comportamento para que consiga atender as demandas nessa nova configuração social (MÉDICI; TATTO; LEÃO, 2020, p.2).

 

É importante relatar que o celular não era permitido na escola por causar distração entre os alunos e hoje com o distanciamento social os alunos estão dependentes dessa ferramenta para participar das aulas. Dispositivo esse que passou a ser essencial na vida do aluno (SANTOS; SANTOS, 2014).

As tecnologias sem dúvida estão sendo primordiais nessa fase de paralisação, para fornecer aulas remotas aos estudantes e por meio de celulares, computadores, internet e afins, está sendo efetuada aulas remotas, para substituir as presenciais (SOARES; COLARES, 2020). No entanto, existe uma precariedade de alguns alunos, mediante a tecnologia e nessa perspectiva, precisa que a escola adapte materiais, para que esses estudantes, não fiquem alheios aos estudos, por falta de atividades/material. Por isso, foi disponíveis materiais impressos e realizações de simulados para que os alunos assimilem o conteúdo. E desta maneira mantendo contato com o educador e a escola.

 

A realidade de inclusão sócio digital analisada neste estabelecimento de ensino público estadual reflete descompasso entre a educação pública e a educação privada no país, além das descontinuidades dos projetos de educação e de inclusão que emergem a cada período de governo e acabam abortados (SILVA; ROSS, 2019, p.16).

 

Segundo Dias e Pinto (2020), os recursos tecnológicos infelizmente não são aderidos a todos, por conta de questão financeira e devido a essa precariedade, existem alunos e professores, que não possuem computadores, celulares modernos, internet e afins. Utensílios esses necessários para dar aula ou participar dela. 

A tecnologia em contextos educacionais contemporâneos é vista como indispensável para a realização de uma prática pedagógica profícua, contudo, explora-se muito pouco daquilo que ela tem anos oferecer. Assim como a educação, todo e qualquer segmento da sociedade, passa por transformações, trazendo novas necessidades, determinadas pelo avanço da tecnologia, que requerem novos paradigmas e que, à margem do tradicional, deem subsídios para que as pessoas construam seus conhecimentos a partir da mediação, nesse caso virtual (SILVA; ROSS, 2019, p.3).

 

O ensino remoto foi a solução para que o ensino não pare por conta do isolamento social. E para que esse ano de 2020 obtenha desfecho satisfatório é preciso que todos façam sua parte. Em virtude deste contexto Arruda (2020, p. 10) relata que:

A educação remota é um princípio importante para manter o vínculo entre estudantes, professores e demais profissionais da Educação. A resposta em contrário pode representar o afastamento por muitos meses de estudantes dos espaços escolares (físicos e virtuais), o que pode comprometer a qualidade da educação, possivelmente mais do que a implementação de iniciativas que mantenham tais vínculos, apesar das limitações que venham a conferir (ARRUDA, 2020, p. 10).

 

A educação nesse momento de pandemia, mostrou que o ensino precisa ser modificado, para que possa trazer benefícios para todos, sem falar da qualidade dos docentes, que precisa de uma qualificação adequada, para acompanhar essa transformação. Por isso, é importante os profissionais acadêmicos está sempre se reciclando (SILVA; ROSS, 2019).

Na observação realizada, percebeu-se o domínio da ferramenta do google meet, mas claro, houve uma preparação de alguns meses, já que muitos não tinham domínio sobre as tecnologias, sem falar que ainda, estão no processo de aprendizagem constante (MACHADO; LIMA, 2017). Mediante a isso, conclui-se, que os educadores da escola de Estágio Supervisionado, estão se adaptando muito bem ao ensino virtual.

 


 

Referências

ARRUDA, E.P. EDUCAÇÃO REMOTA EMERGENCIAL: elementos para políticas públicas na educação brasileira em tempos de Covid-19. EmRede, ISSN 2359-6082 2020, v. 7, n. 1

DIAS, É.; PINTO, F. C. F. A Educação e a Covid-19. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.28, n.108, p. 545-554, jul./set. 2020

MACHADO, F. C.; LIMA, M. F. W. P. O Uso da Tecnologia Educacional: Um Fazer Pedagógico no Cotidiano Escolar. SCIENTIA CUM INDUSTRIA, V. 5, N. 2, PP. 44 — 50, 2017 http://dx.doi.org/10.18226/23185279.v5iss2p44

MÉDICI, M. S.; TATTO, E. R.; LEÃO, M. F. Percepções de estudantes do Ensino Médio das redes pública e privada sobre atividades remotas ofertadas em tempos de pandemia do coronavírus. Revista Thema v.18 Especial 2020

PASSINI, C. G. D.; CARVALHO, É.; ALMEIDA, L. H. C. A Educação Híbrida em Tempos de Pandemia: Algumas Considerações. FAPERGS 2020 Disponível https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/820/2020/06/Textos-para-Discussao-09-Educacao-Hibrida-em-Tempos-de-Pandemia.pdf. Acesso em: 09 set. 2020

PEREIRA, A. J. NARDUCHI, F. MIRANDA, M. G. Biopolítica e Educação: Os Impactos da Pandemia de Covid-19 n as Escolas Públicas. Rev. Augustus | ISSN: 1981-1896 | Rio de Janeiro | v.25 | n. 51 | p. 219-236 | jul./out. 2020.

SANTOS, J. O.; SANTOS, R. M. S. O uso do celular como ferramenta de aprendizagem. REBES (Pombal - PB, Brasil), v. 4, n. 4, p. 18-28, out.-dez., 2014 ISSN - 2358-2391

SILVA, P. V. T.; ROSS, P. R. Dificuldades, dilemas e pontos de tensão no uso da tecnologia: pela formação docente e inclusão sóciodigital permanente. Debates em Educação | Maceió | Vol. 11 | Nº. 23 | Jan./Abr. | 2019

SOARES, L. V.; COLARES, M. L. I. S. Educação e Tecnologias em Tempos de Pandemia no Brasil. Debates em Educação | Maceió | Vol. 12 | Nº. 28 | Set./Dez. | DOI: 10.28998/2175-6600.2020v12n28p19-41

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