DESAFIOS
NA ESCOLA
O
ensino está presenciando um momento inusitado por conta da doença chamada de
COVID-19, causada pelo Sars-CoV-2 (coronavírus) e por conta disso houve
interferência nas aulas presenciais, gerando um ensino diversificado com
mudança escolar e familiar (MÉDICI; TATTO; LEÃO, 2020).
Arruda
(2020, p. 7) aborda em suas palavras que:
A escola
é um dos espaços sociais em que há maiores trocas e mobilidades de sujeitos de
diferentes faixas etárias, portanto, representa espaço de maior probabilidade
de contaminação em massa – o que indica ser um dos últimos espaços a ser
reaberto em países que controlaram minimamente a taxa de contaminação do novo
coronavírus (ARRUDA, 2020, p. 7).
É
importante relatar o que Passini, Carvalho e Almeida (2020, p. 8) dizem que "a
rede de educação está com suas atividades escolares presenciais suspensas,
atingindo milhões de estudantes em todo o país. Contudo, a educação não deve
parar, daí a necessidade de adaptação e superação por parte dos professores e dos
alunos".
O impacto causado pela pandemia do
novo coronavírus vem
impondo drásticas modificações
na rotina da população mundial. Diversas
áreas foram atingidas por essas mudanças, entre elas, a educação. Logo após a OMS declarar pandemia de
coronavírus, o Ministério da Educação passou a definir critérios para a
prevenção ao contágio da COVID-19 nas escolas.
Desse modo, o desafio fundamental da educação brasileira tem sido se
readequar ao cenário para que os estudantes não sejam prejudicados com a pandemia
PEREIRA, et al; 2020, p.3).
A
educação sofreu um baque drástico com a pandemia do Covid - 19, promovendo a
evacuação das escolas e adaptação das aulas letivas por meio remoto, tornando
um período de readaptação para os alunos e professores (PEREIRA, et al., 2020).
Desta forma o ensino tomou um rumo virtual para os estudos não parar, no caso
foi disponibilizado aplicativos como whatsapp, google forms (ferramenta
utilizada para avaliação dos alunos), google sala de aula e google meet, assim
conseguindo amenizar os impactos que geraram mediante a falta das aulas
presenciais (SOARES; COLARES, 2020).
Como as pandemias demoram
para acabar, a sociedade precisou se reorganizar em todos os seus aspectos,
inclusive em relação ao sistema educacional, que precisa adotar um novo
comportamento para que consiga atender as demandas nessa nova configuração
social (MÉDICI; TATTO; LEÃO, 2020, p.2).
É
importante relatar que o celular não era permitido na escola por causar
distração entre os alunos e hoje com o distanciamento social os alunos estão
dependentes dessa ferramenta para participar das aulas. Dispositivo esse que
passou a ser essencial na vida do aluno (SANTOS; SANTOS, 2014).
As
tecnologias sem dúvida estão sendo primordiais nessa fase de paralisação, para
fornecer aulas remotas aos estudantes e por meio de celulares, computadores,
internet e afins, está sendo efetuada aulas remotas, para substituir as
presenciais (SOARES; COLARES, 2020). No entanto, existe uma precariedade de
alguns alunos, mediante a tecnologia e nessa perspectiva, precisa que a escola
adapte materiais, para que esses estudantes, não fiquem alheios aos estudos,
por falta de atividades/material. Por isso, foi disponíveis materiais impressos
e realizações de simulados para que os alunos assimilem o conteúdo. E desta
maneira mantendo contato com o educador e a escola.
A
realidade de inclusão sócio digital analisada neste estabelecimento de ensino
público estadual reflete descompasso entre a educação pública e a educação
privada no país, além das descontinuidades dos projetos de educação e de
inclusão que emergem a cada período de governo e acabam abortados (SILVA; ROSS,
2019, p.16).
Segundo
Dias e Pinto (2020), os recursos tecnológicos infelizmente não são aderidos a
todos, por conta de questão financeira e devido a essa precariedade, existem
alunos e professores, que não possuem computadores, celulares modernos,
internet e afins. Utensílios esses necessários para dar aula ou participar
dela.
A
tecnologia em contextos educacionais contemporâneos é vista como indispensável
para a realização de uma prática pedagógica profícua, contudo, explora-se muito
pouco daquilo que ela tem anos oferecer. Assim como a educação, todo e qualquer
segmento da sociedade, passa por transformações, trazendo novas necessidades,
determinadas pelo avanço da tecnologia, que requerem novos paradigmas e que, à
margem do tradicional, deem subsídios para que as pessoas construam seus
conhecimentos a partir da mediação, nesse caso virtual (SILVA; ROSS, 2019,
p.3).
O
ensino remoto foi a solução para que o ensino não pare por conta do isolamento
social. E para que esse ano de 2020 obtenha desfecho satisfatório é preciso que
todos façam sua parte. Em virtude deste contexto Arruda (2020, p. 10) relata
que:
A
educação remota é um princípio importante para manter o vínculo entre
estudantes, professores e demais profissionais da Educação. A resposta em contrário
pode representar o afastamento por muitos meses de estudantes dos espaços
escolares (físicos e virtuais), o que pode comprometer a qualidade da educação,
possivelmente mais do que a implementação de iniciativas que mantenham tais
vínculos, apesar das limitações que venham a conferir (ARRUDA, 2020, p. 10).
A
educação nesse momento de pandemia, mostrou que o ensino precisa ser modificado,
para que possa trazer benefícios para todos, sem falar da qualidade dos
docentes, que precisa de uma qualificação adequada, para acompanhar essa
transformação. Por isso, é importante os profissionais acadêmicos está sempre
se reciclando (SILVA; ROSS, 2019).
Na
observação realizada, percebeu-se o domínio da ferramenta do google meet, mas
claro, houve uma preparação de alguns meses, já que muitos não tinham domínio
sobre as tecnologias, sem falar que ainda, estão no processo de aprendizagem
constante (MACHADO; LIMA, 2017). Mediante a isso, conclui-se, que os educadores
da escola de Estágio Supervisionado, estão se adaptando muito bem ao ensino
virtual.
Referências
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EMERGENCIAL: elementos para políticas públicas na educação brasileira em tempos
de Covid-19. EmRede, ISSN 2359-6082 2020, v. 7, n. 1
DIAS, É.; PINTO, F. C. F. A
Educação e a Covid-19. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.28,
n.108, p. 545-554, jul./set. 2020
MACHADO, F. C.; LIMA, M. F. W.
P. O Uso da Tecnologia Educacional: Um Fazer Pedagógico no Cotidiano Escolar. SCIENTIA
CUM INDUSTRIA, V. 5, N. 2, PP. 44 — 50, 2017
http://dx.doi.org/10.18226/23185279.v5iss2p44
MÉDICI, M. S.; TATTO, E. R.;
LEÃO, M. F. Percepções de estudantes do Ensino Médio das redes pública e
privada sobre atividades remotas ofertadas em tempos de pandemia do
coronavírus. Revista Thema v.18 Especial 2020
PASSINI, C. G. D.; CARVALHO,
É.; ALMEIDA, L. H. C. A Educação Híbrida em Tempos de Pandemia: Algumas
Considerações. FAPERGS 2020 Disponível https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/820/2020/06/Textos-para-Discussao-09-Educacao-Hibrida-em-Tempos-de-Pandemia.pdf.
Acesso em: 09 set. 2020
PEREIRA, A. J. NARDUCHI, F.
MIRANDA, M. G. Biopolítica e Educação: Os Impactos da Pandemia de Covid-19 n as
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SANTOS, J. O.; SANTOS, R. M.
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